O que se tornou normal na nossa vida é colocar a natureza dentro de sacolas plásticas, sem perceber a metáfora quase óbvia que essa ação nos traz da nossa própria realidade cotidiana. Realidade essa que mais do que nunca nos alerta para os problemas ambientais trazidos por antigas atitudes que não acompanharam o crescimento da população e o desenvolvimento tecnológico e que causam danos irreversíveis para a vida no planeta.
E não é de grandes ações que estamos falando: são ações que cada um de nós pode refletir e modificar dentro de sua própria casa, na rotina cotidiana dos lugares que frequentamos.
É com o intuito de levantar essas questões e, além disso, provocar reflexões e (porque não?) mudanças nas atitudes das pessoas que estão na rua vivendo suas rotinas diárias, que foi proposta a ação "Manga fora de época não é manga" na cidade de Londrina-PR.
Foram colocados em saquinhos plásticos varias frutas (melão, manga, laranja, limão, maçã, goiaba vermelha, etc) e também a fruta industrializada (que é como muita gente entende a natureza) como no suco em pó e em garrafas plásticas.
Esse sacos foram pendurados nos galhos das árvores de uma rua com o objetivo de causar a estranheza de vermos a fruta tão modificada mais próxima de sua forma original. E como podemos pensar no que se perde nesse processo.
Seguem algumas imagens do trabalho.
"Manga fora de época não é manga". Camilla Pires. Londrina-PR. 2012.
Imagens: Carlos Gabriel Prestes
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